terça-feira, 20 de abril de 2010

O SAPO NO POÇO

Em certo lugar, havia um bando de sapos habitando um poço.
A boca desse poço era muito estreita e não permitia ter a ampla visão do exterior, sendo possível apenas enxergar um pedaço do céu azul.
Certo dia, um sapo que morava num lago, em sua caminhada, passou por esse poço e olhou para dentro dele.
- Quem está olhando daí? perguntou um dos sapos de dentro do poço.
- Sou o sapo que veio do lago. Por que você mora num lugar tão apertado como este?, disse lá de cima o sapo do lago.
- Lago? O que é lago? Onde existe isso? perguntaram do poço.
- O lago é um lugar que tem bastante água. Não é tão longe. Tanto que pude vir passear até aqui.
- O lago é grande?
- Se é grande? É bem maior do que isto!
- Que tamanho tem? Dessa pedra? perguntaram apontando uma das pedras que cercavam a boca do poço.
- Imaginem! Vocês acham que é tão pequeno?
- Então deve ser desse tamanho e apontaram um pedaço de tábua que tinha caído no poço.
- Não é pequeno assim, não.
- Então tem o tamanho desse poço inteiro?
- Que nada! Tem extensão bilhões de vezes maior do que este poço. Daqui também dá para ver o lago.
Venham até aqui, que mostro para vocês, assim respondeu o sapo do lago.
Mas os sapos do poço não quiseram acreditar. E começaram a gritar ruidosamente em coro:
- Onde se viu tamanho absurdo? Você deve ser mentiroso. Deve estar tramando alguma coisa contra nós. Não queremos mais saber da sua conversa. Vá embora daqui! "
Lição: Coitado daqueles que vivem limitados a um horizonte de poucos metros, ignorando o que acontece além de si próprios e que acham que sabem tudo e desprezam os que trazem novidades e aqueles que vivem a vida toda no pequeno poço em que nasceram.

O PAI SEMPRE DÁ UMA NOVA CHANCE

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que ao contrario do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos.
O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer,depois o abandonariam.
Os insistentes conselhos do pai não lhe agradavam e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai".
Mais tarde chamou o filho, o levou ate o celeiro e disse:
- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu e sei qual será o seu futuro.
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você.
E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
É por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. "O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou
que jamais isso pudesse ocorrer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como
se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, é tarde demais.
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.
A passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
- Ah , se eu tivesse uma nova chance...
Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caiam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes; a forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
Essa é a sua nova chance, eu te amo muito meu filho. SEU PAI.

A FABULA DO PARDALZINHO

Era uma vez um pardalzinho que odiava ter que voar para o sul por causa do inverno.
Ficava tão apavorado com a ideia de deixar seu lar,que decidiu adiar a viagem até o último momento possível.
Depois de se despedir carinhosamente dos seus amigos pardais que partiram,voltou a seu ninho e ainda ficou mais três semanas.
Finalmente,o tempo se tornou desesperadoramente frio,que ele não pode mais adiar.
Quando o pardalzinho partiu e iniciou o seu vôo para o sul,começou a chover.Rapidamente começou a criar gelo sobre suas asinhas.
Quase morto de frio e exaustão,foi perdendo altura e caiu por terra num pátio de estrebaria.Quando estava exalando o que pensava ser o último alento,um cavalo saiu da estrebaria e virando o trazeiro em sua direção,recobriu o pardalzinho de merda.
A principio,o pardal não podia pensar noutra coisa a não ser que daquele modo era horrível de morrer:todo cagado...Porém quando a merda começou a subir e entrar em suas pernas e penas, aquilo começou a aquecê-lo e a vida recomeçou a voltar a seu corpo.
Ele descobriu que tinha espaço suficiente para respirar.Subitamente o pardalzinho sentiu-se feliz e começou a cantar.
Naquele instante,um grande gato entrou no pátio da estrebaria e,ouvindo o gorjeio do passarinho remexeu o monte de merda para descobrir de onde vinha o som.
O gato descobriu a ave e a comeu.
Aqui temos 4 ensinamentos morais:
1- Nem sempre aquele que caga em cima de você é seu inimigo.
2- Nem sempre aquele que tira você da merda é seu amigo.
3- Desde que você se sinta quente e confortável,mesmo que seja num monte de merda,CONSERVE O BICO FECHADO.
4- Quem está na merda não canta.