sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O NAUFRÁGIO DE SIMÔNIDES

O homem instruído tem sempre consigo uma reserva de riquezas. Simônides – poeta grego lírico que escreveu poemas líricos tão esplêndidos, para melhorar sua situação de pobreza – começou a viajar pelas cidades mais importantes da Ásia, cantando louvores aos vitoriosos, pelas recompensas que eles lhe dessem. Depois de ter assim eriquecido, resolveu voltar por mar à terra natal, pois nascera na ilha de Ceus. Assim, embarcou num navio que, sendo muito velho e vendo-se atacado por violenta tempestade, naufragou no caminho. Os náufragos começaram a reunir seus pertences mais preciosos, as coisas que formavam a garantia de sua existência. Um deles perguntou a Simônides: - Não procura salvar nada que te pertence? - Tudo que tenho está em mim mesmo – respondeu o poeta. Alguns conseguiram escapar da morte nadando, mas a maioria, sobrecarregada com o peso das coisas que desejava conservar, pereceu. Os que se salvaram foram atacados por ladrões que os deixaram despidos. Próximo estava a cidade de Clâzomenas e para ela se dirigiam os que conseguiram sobreviver à catástrofe. Ali havia uma pessoa apaixonada por literatura, que lera com freqüência os trabalhos de Simônides e admirava-o muitíssimo. Embora nunca o tivesse visto, pela simples linguagem teve a confirmação de quem se tratava e recebeu-o com muito prazer em sua casa, fornecendo-lhe roupas, dinheiro e criados. Os demais eram atendidos com simples esmolas pelas ruas da cidade.Mais tarde, encontrando-os Simônides, disse-lhes: - Bem vos falei que tudo quanto tinha está em mim mesmo. Minha propriedade salvou-se e a vossa, feita de objetos estranhos a vós, perdeu-se toda. Lição: A Maior riqueza que o ser humano possui é a sua capacidade de raciocínio. Desenvolva a sua criatividade. Amplie sua cultura. Invista em você. A sabedoria preserva a vida.

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